da PESQUISA das LEMBRANÇAS MATERIAIS

sábado, 22 de outubro de 2011

o soneto severo

que aflição sem pé nem cabeça
maldade sem dimensão
lamento ao que quer que aconteça
perder você, mesmo, sem direção

mas impossível perder, breve
um amor de que não se há tamanho
se imensurável ou tão pouco leve
forte, arrebatador em tempos de antanho

mas por onde andas afinal?
a esconder simples resposta, clara
à este meu apelo, diria fatal

e deixara somente a cruel dúvida
ansia que me deixas desvairado
como gosto de uma amarga bebida


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