e por sobre esses peitoris baixos
uma quadrado envidraçado
de onde brota uma mulher
tão flácida, tão linda
e que se penteia à olhar
tanto concreto, tão pouca gente
e que o céu no horizonte não mais há
e as árvores tão escassas
as fachadas horríveis
com ar condicionado nesse clima tão frio
nada mais prende vosso olhar
e se contenta agora em se mostrar
ao concreto, ao ar rarefeito
pijamas, pentes, cabelos perfeitos
há vida sobre as janelas
mas peço-te, invada-me
como se eu fosse as ruas e calçadas
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