da PESQUISA das LEMBRANÇAS MATERIAIS

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

o soneto enquanto se espera para atravessar a rua cheia de carros

eu te vejo, as vezes, em todo lugar
seja no semáforo, na calçada, no quarto
tento lembrar, irritado, seu jeito de andar,
seus óculos escuros, sua altura, de fato

alias a altura, tão baixa, é alada que voa
e me leva como dia certo, como sossego
e com a ânsia ante fato certo, para tal mulher boa
eu rezo: me resguardará com todo seu chamego

ó dia certo, sob verde certo serás noite calma
só com seus sorrisos alheios, de vontades sem freio
o seu método, o seu olhar entre escuridão e a alma

me atiça, mulher louca, e me rouba sempre impune
as horas, os dias, os passos e as paisagens uivantes
sou contigo, quase sempre, tudo! a tudo, imune.

Nenhum comentário:

Postar um comentário